Após anos de seca, o açude Público Dourado renasceu totalmente nesta madrugada de terça-feira (03) de março de 2020. O manancial que estava no seu volume morto há alguns dias, voltou a receber uma imensa quantidade de água no último final de semana, através de grandes rios. ⠀ O Dourado deu início a sua sangria por volta de 00:47 da madrugada. ⠀ CURIOSIDADE ⠀ Segundo um morador que estava acompanhando de perto a tomada de água do Dourado, afirmou que o açude começou a receber água no último sábado (29), às 20h, e que depois de exatas 52h47, o manancial chegou a sua cota máxima, atingindo a sangria. ⠀ As águas do Dourado deságuam na barragem Marechal Dutra (Gargalheiras) que fica localizada na cidade de Acari. ⠀ HISTÓRIA ⠀ Construído no início da década de 80, e com uma capacidade de 10.321.600 m³ de água, o Açude Público Dourado – um dos responsáveis pelo abastecimento de Currais Novos, sangrou pela última vez em maio de 2011. Em 2015, a cidade viu com tristeza o manancial chegar ao seu volume morto e secar completamente.
As chuvas no Seridó fizeram o açude Marechal Dutra, o Gargalheiras, atingir a marca de 6,79% de medição volumétrica. Por este motivo, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) iniciou em fase de testes a reativação da captação de água pelo manancial. De acordo com a gerente da Regional Seridó, Rosi Gurgel, estão sendo observadas as condições operacionais como vazão e qualidade da água, para a captação ser feita definitivamente pelo Gargalheiras.
A Caern deixou de captar água pelo Gargalheiras em 1º de setembro de 2015. A princípio, quando o sistema for colocado definitivamente em funcionamento, Acari terá seu abastecimento por rodízio. Já Currais Novos continuará sendo abastecida pelo açude Dourado. De toda forma, a Caern está trabalhando na reativação do sistema que vai do Gargalheiras para Currais Novos. Caso o açude Dourado entre em colapso, o abastecimento volta a ser pelo Gargalheiras.
Mesmo com as últimas chuvas, é necessário compreender, que a recuperação de mananciais leva tempo e necessita de bons volumes de chuvas. É importante que a população colabore fazendo uso racional da água em todas as regiões do Estado.
Manancial não sangrava há um ano. Novo relatório aponta que pequenos reservatórios tiveram ganho de nível, enquanto os maiores não conseguiram recargas substanciais.
Por G1 RN
03/02/2020 17h56 Atualizado há 2 horas
Açude Dinamarca, em Serra Negra do Norte, RN — Foto: Igarn
O açude Dinamarca, que abastece a cidade de Serra Negra do Norte, distante cerca de 340 quilômetros de Natal, foi o primeiro reservatório a sangrar no Rio Grande do Norte em 2020. Isso é o que aponta o relatório do Volume dos Principais Reservatórios Estaduais, divulgado nesta segunda-feira (3) pelo Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn).
Segundo o Igarn, a última vez que o manancial havia sangrado foi em 21 de fevereiro do ano passado. O açude Dinarmaca, que tem capacidade para 2.724.425 m³, faz parte dos pequenos reservatórios, que, de acordo com o Igarn, foram os que receberam recargas nos últimos dias – os grandes reservatórios não receberam recargas substanciais.
O relatório do órgão indica também que outros pequenos reservatórios receberam boas recargas na última semana. Tourão, em Patu, teve um acréscimo de 4% no volume acumulado – a capacidade total é de 7.985.249 m³. Outro que também teve aumento de 4% foi o manancial Santo Antônio de Caraúbas, que tem capacidade de 8.538.109 m³. Os demais mananciais receberam recargas inferiores a 1% nos volumes.
No relatório desta segunda-feira (3), a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório potiguar, com capacidade para 2,37 milhões m³, aparece com 531.601.489 m³, o que representa 22,4% do volume total. No mesmo período de fevereiro de 2019, o reservatório estava com 483.348.133 m³, que corresponde a 20,14%, número abaixo do atual.
A barragem Santa Cruz do Apodi atualmente acumula 110.937.375 m³, o que corresponde a 18,5%, da sua capacidade total, que é de 599.712.000 m³. Neste período, em 2019, a barragem estava com 131.249.339 m³, ou seja, 21,89% do volume máximo.
Já o açude Umari tem 83.300.650 m³, o que corresponde a 28,45% do volume da capacidade de 292.813.650 m³. No início de fevereiro do ano passado o reservatório estava com 99.093.704 m³, percentualmente 33,84% da sua capacidade total.
Nível total
As reservas hídricas superficiais totais do Rio Grande do Norte atualmente são 959.315.595 m³. Isso representa 21,91% da capacidade total de acúmulo das bacias do estado, que totalizam 4.376.444.842 m³. No mesmo período do ano passado o volume total das reservas hídricas monitoradas era de 938.433.105 m³, ou seja, 21,44% da capacidade total.
Segundo o Igarn, dos 47 reservatório monitorados pelo órgão, 12 permanecem com menos de 10% das capacidades, o que é considerado “nível de alerta”. Esse número representa 25% dos mananciais monitorados. Os mananciais considerados secos são seis – 12% dos reservatórios. No mesmo período do ano passado os mananciais em nível de alerta eram oito e os secos também oito.
O açude Dourado, em Currais Novos, Seridó Potiguar, atingiu 30% de sua capacidade após as chuvas que vêm ocorrendo no Rio Grande do Norte. O reservatório estava seco desde novembro de 2017, de acordo com o Instituto de Gestão das Águas do Estado (Igarn), e agora tem garantia hídrica até o final de 2019.
Açude Dourado, em Currais Novos, agora tem garantia hídrica até o final de 2019 — Foto: Anderson de Almeida
A Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) informou que, diante da retomada da capacidade hídrica do açude, será possível retomar o sistema de captação de água do manancial. A Caern disse ainda que vai voltar a operar no reservatório em um prazo de 15 dias. O Açude Dourado tem capacidade de 10 milhões de m³. Barragem: Ainda de acordo com a Companhia, o maior reservatório do Rio Grande do Norte, a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, também registrou um “significativo aumento” de volume durante o feriado. A barragem fica na mesma região do açude Dourado.
Além do Mendubim, que transbordou na madrugada desta quinta (4), açudes de Beldroega (Paraú), Encanto (Encanto), Riacho da Cruz II (Riacho da Cruz) e Pataxó (Ipanguaçu) também estão como volume máximo de armazenamento.
Por Anderson Barbosa, G1 RN
00:00/00:23
Açude Mendubim sangra no RN
Um dos maiores reservatórios do Oeste potiguar sangrou na madrugada desta quinta-feira (4). O açude Mendubim fica em Assu, e tem capacidade para 76,3 milhões de metros cúbicos de água. O vídeo acima mostra o momento em que a água transborda sobre a parede do açude e também escorre pelo sangradouro. Agora são cinco os reservatórios da região 100% cheios. São eles:
A sangria do Açude Mendubim é motivo para festa na região. Com as cascatas de água que se formam nas escadarias do sangradouro, o local vira ponto de lazer e já começa a receber muitos visitantes em busca de um banho refrescante.
Açude Mendubim vira ponto de lazer e já começa a receber muitos visitantes — Foto: Jalisson Ferreira/Assú Notícia
Escadarias do sangradouro viram piscinas — Foto: Jalisson Ferreira/Assú Notícia
Açude Mendubim fica em Assu, e tem capacidade para 76,3 milhões de metros cúbicos de água — Foto: Sueldo Araújo
A capacidade hídrica total do Rio Grande do Norte é de 4,4 bilhões de metros cúbicos de água. Até esta quarta-feira (3), segundo o Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), o acumulado nas bacias do estado somavam pouco mais de 1,1 bilhão de metros cúbicos – o que representa 25,67% da capacidade total de armazenamento.
Feita por drone, foto aérea mostra o Açude Mendubim — Foto: Bruno Andrade/BaDroneRN
Seca histórica
Os últimos sete anos foram castigantes no interior do Rio Grande do Norte. Com chuvas abaixo da média histórica, o estado enfrenta a seca mais severa de todos os tempos. As chuvas que caem desde o início do ano aliviam o sofrimento do sertanejo, mas ainda não são suficientes para reabastecer os grandes reservatórios e os efeitos ainda são preocupantes.